terça-feira, 6 de março de 2018

Regras

Hoje fui experimentar uma nova manicure.
Gostei imenso do trabalho mas gostei muito mais o facto de me ter despachado em 45 minutos, sem ter abandalhado o serviço.
Entretanto, enquanto nos conhecíamos ela disse que me queria apresentar o serviço dela e as regras que ela impõe no seu negócio:

  1. Ela garante o trabalho por 3 semanas, não 3 semanas e 3 dias, 3 semanas. Se houver algum problema nesse tempo, ela arranja gratuitamente o que estiver mal. Se partir uma unha ou o que for após 3 semanas, o arranjo tem um custo;
  2. As pessoas fazem as suas marcações e, excepto por uma motivo muito forte, caso pretendam cancelar tem que o fazer com 24h de antecedência. Não é hoje à noite desmarco as unhas de amanhã, é 24h contadas;
  3. Se a cliente não comparecer numa data marcada sem avisar, terá que pagar 5€ de compensação.
Enquanto a ouvia pensava "Isto são regras a mais", mas a verdade é que depois, analisando bem a situação, ela tem toda a razão. O triste é que se tenham que impor estas regras para situações que deveriam ser perfeitamente normais.
Faz parte da educação, do civismo, avisar com antecedência quando não vamos poder cumprir alguma marcação, porque a pessoa do outro lado não vive para nos servir. É triste que ela tenha sentido a necessidade de reforçar esta regra por, constantemente, lhe falharem e ela deixar de ganhar dinheiro porque disse que não a A porque B tinha uma marcação e, no fim, B marimbou-se e não lhe apareceu.

Acho que deveríamos ser mais respeitosos no relacionamento com quem nos presta serviços. Ninguém está a brincar, a trabalhar para aquecer, a fazer-nos um favor, as pessoas trabalham porque é a sua profissão, porque é com ela que ganham dinheiro para viver e temos que respeitar como queremos ser respeitados.
Este país é pouco cívico. 
Cancelam-se marcações sem aviso; reuniões marcadas para as 9h começam às 10h; reuniões que deveriam demorar meia hora são intermináveis e, de sumo, muito pouco produtivas.
Há uns anos veio cá o António Fangundes com uma peça, e houve a necessidade de ele avisar nas promoções que a porta fechava impreterivelmente às 21.30h (e devia ser assim sempre porque é uma seca ter gente a passar à nossa frente no meio de um espectáculo) e, mesmo assim, houve quem chegasse depois e ficasse muito indignado por não lhe abrirem as portas.

Por isso, não façam aos outros o que não gostam que vos façam.

 

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