terça-feira, 11 de dezembro de 2018

A Passagem do Tempo

O tempo é implacável! 
Há momentos que queremos prolongar no tempo, em que tentamos fechar as mãos e parar a passagem dos minutos com sofreguidão para que se prolongue o nosso prazer, mas não há maneira. Os anos, os meses, as semanas, os dias, as horas, os minutos, os segundos passam numa cadência assustadora.
Assustadora é também a nossa percepção dessa passagem, quanto mais rápido queremos que ele passe, mais doloroso é o arrastar dos passos dos ponteiros.

Se há vezes que já não conseguimos precisar há quanto tempo não estamos com alguém, quando fizemos isto ou aquilo, há datas que nos marcam e que no nosso relógio interno e mental registam a chegada daquele preciso momento como os relógios dos columbófilos que marcam a hora exacta da chegada de cada pombo com a colocação da anilha na ranhura.

Ontem fez cinco anos que morreu o meu avô materno....mas como cinco anos se tudo aconteceu anteontem? 
Está bem fresco na minha memória o telefonema que recebi do meu pai a dizer que algo se passava com o medidor da tensão porque estava a dar valores muito esquisitos, sendo que era já evidente que a partida estava próxima mas foi como nos foram preparando para a derradeira notícia.
No dia anterior, mal saí do escritório, fui para casa dos meus avós. Estávamos lá todos. Lanchámos, brincámos, dissemos disparates, rimos. Ele estava fraco mas, dentro do possível estava bem (se bem que a sentença já tinha sido assegurada pelo médico, como doente cardíaco e na situação em que estava, poderia durar 3 dias...3 semanas...3 meses...não mais que isso). 
Falámos sobre Bolinhos de Bacalhau e eu disse que ia fazer Bolinhos para ele comer no dia seguinte, ele achou graça, ele conhecia-me e sabia que a cozinha não era a minha vocação.
Pedi à minha avó a receita, ela deu. Quando cheguei a casa meti mãos à obra e fiz os bolinhos e saíram-me muito bem, estavam deliciosos.

...Ele não os comeu...a chamada que recebi foi quase na hora de almoço...saí a correr do escritório e fui ter com a minha avó, abraça-mo-nos como se ela me tivesse a consolar da perda, mas era ela que precisava de consolo que tinha, de uma assentada só, perdido o Companheiro, o Confidente, o Marido, o Amante, o Melhor Amigo.
Disse à minha avó "Ele já não vai comer os meus Bolinhos. E eu fiz, a pensar nele e estão bons. Nunca mais hei-de fazer Bolinhos"

E nunca mais fiz...e nunca mais farei Bolinhos de Bacalhau porque ele não os irá provar e eram para ele.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Natureza nas Brumas de Avalon

Foi um fim-de-semana super positivo e maravilhoso, cheio de coisas boas e até o tempo que se fez sentir na quinta do Domingo de manhã, deu-lhe um certo conforto e misticismo.














quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Estamos feitos ao bife

Ontem, antes do jantar, tive que sair num instante.
O Parolo ficou em casa a fazer o jantar e a dar a sopa à Delicinha.
Quando cheguei a casa ele estava perdido de riso e agarrou-se a mim a dizer "estamos perdidos". 
O que se passou foi o seguinte:

O Parolo estava na cozinha e a Delicinha vem ter com ele:
- "Papá, quero Pizza, pizza, pizza!"
- "Nem pensar, já estou a fazer o jantar e a aquecer a tua sopa. Pizza só às vezes e só ao fim de semana"
- "Please (juro que disse Please). Eu quero pizzinha"
- "Nem pensar."

Ela sai da cozinha.

Silêncio...

Mais silêncio...

Demasiado silêncio....

O Parolo acha estranho e vai à sala e dá com a Delicinha nestes preparos:



terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Ei lá passarada

🎶🎶🎶Parecem bandos de pardais, 
à solta 🎶🎶🎶🎶






Só não são pardais...são pombos...

E moram no telhado do Lar de Terceira idade. Haverá vizinhança mais livre???

Será que regresso?

 Ando com vontade de escrever e de continuar a partilhar histórias mas, ao mesmo tempo, ando tão cansada, tão exausta, que não sei se vou co...